quinta-feira, janeiro 19, 2006

O primeiro lamento

E, pronto, minhas amigas! Eis que as novas tecnologias nos apanham... Sim, qualquer dia, ganhamos um programa de televisão e editamos dvd's, mas não sem antes inventarmos um livro qualquer do Pipi - para quem não sabe, os gajos do Gato Fedorento começaram com um blog.

Bom, e enquanto a Isabel Artolas "posta" um poema de Alberto Caeiro, eu vou abrir as hostilidades. Sim, vou-me queixar! Olha, estou cansada... Apetecia-me que os treinos fossem uma vez por mês, mas que eu não ficasse obesa com isso; apetecia-me que fossemos jantar às segundas, terças e sextas... beber uns copos, sei lá!, qualquer coisa que não implicasse esforço físico e/ou mental (riscar o "ou" em caso de danos irreversíveis nos tímpanos causados por uma certa professora).

Também podíamos jogar às cartas. Fundávamos um clube de Espadinha ou Copas e obrigávamos toda a gente a estar num sítio quentinho, com mantinhas a tapar as pernas e, de preferência, acompanhadas por uma musiquita qualquer... Pronto, tá bem, podem ser as mirandesas. Assim, não lhe perdíamos totalmente o gosto! E podíamos dar o controlo da aparelhagem à dra. Rita Garcez: ela escolhia os CD's, as músicas e até podia investir num sistema de som surround só para tornar a coisa mais audaciosa. Mas só com uma condição: não se poderia chegar depois das 20.30 e não se poderia abandonar a cartada até às 22.30. Afinal, isto tem que ter ordem!

Ou então, ou então, podemos formar o primeiro clube português de luta livre de dedo grande do pé! Esta preparação toda dos pézinhos tem que servir para alguma coisa; principalmente, aquela parte de dobrar os dedinhos e o peito do pé para subir do chão ou descer para o mesmo, comforme desejos coreográficos de "you-know-who".

Bom, adiante! Na verdade, por mais extenuantes que sejam estes nossos treinos e insistências em participar em eventos internacionais, lá estou eu batida. E, quando não estou, que foi o caso destes últimos dias, dá-me para o remorso. E ainda por cima, devo dizer, o remorso nem é merecido, porque até tenho estado em árduos trabalhos. E depois ainda é pior, quando chego ao treino e me apercebo que ando totalmente aos papéis... a apanhar bonés, à nora, sem saber a quantas ando (vá, a expressão escolhem vocês).

Isto está de tal forma entranhado em mim que chego mesmo a sonhar com a dança. Sonho que sou uma habilidosa bailarina, com todos os atributos de uma borrachinha tipo Inês Almeida ("aka", comadre da dra. Ritinha Silva) e com ainda mais qualidades de uma qualquer prima-ballerina à vossa escolha... E, depois, chego ao treino preparadíssima para me desmanchar em habilidades quando percebo que o corpinho não dá para tanto entusiasmo. É uma desilusão! Um verdadeiro balde de água fria... E isto só se agrava quando chegam fotos e filmes, em que penso "Ó, meu deus, mas o que é que eu ando a fazer aqui?". Claro que há que referir a fabulosa excepção de uma certa e determinada foto que a Isabel Artolas me tirou em Berlim e que está verdadeiramente pró!


Não me canso de mostrar esta foto! Claro que, a certo ponto, pode tornar-se algo narcisista, mas deixem-me lá curtir isto.


E já me alonguei por demais nesta estupidez de texto que me apeteceu escrever só porque recebi o convite para participar no blog e estava na hora de almoço... Pronto! Acabou-se!